O caro que dá resultados
- Lorenna Vargas
- 5 de out. de 2017
- 2 min de leitura

(Foto: Pedro Pereira)
Uma junção de exercícios de condicionamento físico e treinamento que desenvolve muitas das suas capacidades físicas popularmente conhecido como Crossfit tem como foco melhorar resistência respiratória e cardiovascular, coordenação, flexibilidade, força, equilíbrio e, o mais procurado: resistência muscular.
Seu criador, Greg Glassman, um antigo ginasta de 61 anos, teve poliomielite quando criança e usou a ginástica para recuperar a força. Glassman começou a treinar pessoas na década de 1970 e, em, 1995, abriu a primeira academia na Califórnia. Menos de 20 anos depois, existem mais de 13 mil afiliados em 144 países, operando ginásios da franquia, conhecidos como “caixas”. O multimilionário assegura que está desenvolvendo uma “super raça” e, embora alguns de seus atletas pareçam ter sido esculpidos em mármore, ele diz que o foco não é nos músculos e, sim, nos movimentos simples e funcionais, como agachar e levantar, independentemente do atleta ter 25 ou 75 anos.

No Brasil, o esporte entrou em evidência em 2009, quando o paulistano Joel Fridman introduziu a metodologia americana no primeiro box de Crossfit, em São Paulo. Desde então, a modalidade não para de crescer e de tomar um espaço grandioso nas cidades brasileiras, apesar do custo alto.
Os valores desta prática são maiores que os cobrados em outras atividades. As academias de musculação, por exemplo, têm valores entre R$100 e R$300 (em média); os clubes de esportes variados, que cobram de R$80 aos R$150 (estimativa mensal). Já os interessados pelo Crossfit têm que desembolsar de R$280 a R$400, dependendo do ginásio. Para a estudante Larah Varejão, o preço pesa no orçamento, mas vale a pena. “É legal demais. Além de trabalhar a saúde física, ajuda na mental. Sem contar que os treinos são em conjunto, sempre tem um trabalho coletivo envolvido.” A estudante ainda aponta as superações que teve, e como o Crossfit a ensinou a lidar com as frustrações.

(Foto: Pedro Pereira)
O fotógrafo e atleta Pedro Pereira defende o preço cobrado: “Acho um preço justo. Além da atenção ser bem maior dos treinadores com você, tudo no esporte é caro.”
O profissional de Educação Física Ivan Mendes acredita que o Crossfit só ganhou o espaço que tem por oferecer um resultado muito rápido pra perder peso e definir musculatura, mas que muitos não veem o lado negativo. “É muito errado falar que qualquer um pode praticar esse esporte. Deveria existir uma orientação antes de entrar no Crossfit, como começar a manter uma atividade física regular para o corpo se acostumar”, defende Mendes.
Como uma atividade motivadora, realizam-se competições para mostrar o processo evolutivo dos atletas.
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