Futebol: Brasil versus Europa
- Paula Inojosa
- 30 de nov. de 2017
- 2 min de leitura
Ao longo dos anos, o futebol europeu ganha cada vez mais destaque no cenário mundial. Os europeus foram inovando e aprimorando seu estilo de jogo, deixando o futebol brasileiro para trás. O telespectador sente a diferença ao assistir uma partida do campeonato inglês, por exemplo, e uma partida do brasileirão.

crédito: williams Aguiar
Gabriel Amaral, 19, é fanático por futebol, torcedor do Sport Clube do Recife e do Real Madrid, e acompanha semanalmente os jogos europeus e os brasileiros. Ele acredita que as principais diferenças entre os estilos são o preparo físico dos jogadores e o ritmo de jogo. “Na Europa, os jogadores são mais exigidos e mais bem preparados tanto fisica quanto tecnicamente, resultando em partidas mais intensas. No Brasil, as partidas têm um ritmo mais lento”, conta.
Gabriel menciona a questão da obediência tática dos atletas. Na Europa, os jogadores são muito comprometidos em seguir as ordens do técnico, fazendo o time funcionar como uma unidade, dando mais fluidez a partida. Já no Brasil, ele observa que os comandados não seguem essencialmente o esquema tático que o técnico estabeleceu, o que torna o jogo mais confuso e deixa a partida a mercê da sorte e habilidade pessoal de cada jogador.
Há também o fator financeiro, outro motivo da diferença entre os estilos de futebol. “Os times europeus têm muito mais dinheiro, então quando um bom jogador é revelado aqui no Brasil, ele é logo comprado por um time de lá, o que faz com que o futebol brasileiro fique cada vez mais decadente e sem grandes jogadores atuando no campeonato”, conclui Gabriel.

Imagem marcelo e philippe Coutinho crédito: Alex Livesey
Lucas Rios, 16, acredita que a disparidade financeira é algo que já se nota nacionalmente. “Os times do sul e sudeste têm mais investimento, então, teoricamente, é quase impossível que as equipes do Nordeste briguem por título”, afirma.
Lucas acredita que existe outra diferença importante, não apenas no estilo de jogar, mas no modo de assistir. O futebol europeu é tido como um espetáculo, e os torcedores se comportam como se estivessem em uma peça de teatro – calmos, comparados os torcedores brasileiros. Já no Brasil, em um estádio nacional, os torcedores são mais calorosos e os jogadores costumam se entregar mais em campo – mesmo que o nível técnico não seja tão alto. Não que os europeus não deem tudo de si, mas a emoção da torcida é sentida pelos jogadores, o que pode acarretar em um melhor desempenho.
Na Europa, é comum ter atletas que passam anos no mesmo time e se tornam referência na história do clube, como é o caso de Francesco Totti, que começou sua carreira nas categorias de base da Roma, e lá permaneceu até a aposentadoria, totalizando 25 anos de carreira em um mesmo clube.

Imagem Francesco Totti crédito: soccerfiles
Já no Brasil, é de praxe que os bons jogadores sejam levados para times do exterior, onde podem obter melhores condições salariais e notoriedade mundial. Mesmo com os craques brasileiros se transferindo ano a ano para a Europa, os torcedores continuam fieis aos times e na torcida para que o futebol nacional suba cada vez mais no cenário global.
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